sábado, 7 de maio de 2011

MINHA IRMÃ ROSA, OUTRA MÃE EM BUSCA DA ESPIRITUALIDADE

Minha irmã Rosa Amélia de Almeida, também partiu desse mundo devido o câncer. Foi um sofrimento muito grande, suportado com resignação e fé. Rosa viveu uma vida de muitas provas, mas sempre confiou em Deus, a muitos deu o que comer, o que beber, socorreu enfermos, distribuiu alegria onde a dor demorava... Um grande exemplo. Saudades!

MARTA, SAUDADES

Homenagem que minha sobrinha Elizabeth fez a sua querida mãe, à Marta que de certa forma teve uma participação materna na minha vida. Como todo ser humano Marta queria viver, mas o não desesperar também foi um despertar da espiritualidade que ela certamente irá desenvolver ao longo da eternidade. Saudades!!!

MÃE, SAUDADES!

        Minha mãe nasceu na cidade mineira de Bambuí, 6 de janeiro de 1914. Muito jovem se casou, o que era comum naqueles tempos, principalmente no interior e em famílias pobres. Casou-se com 16 anos, com o Senhor Geraldo Batista, aquele que seria então o pai da minha querida irmã, e porque também não dizer mãe do coração, zizi. Dois anos depois ele veio a falecer. Não havia como minha pobre mãe criar sozinha a filha que ele deixara. Foi então que ela conheceu aquele que seria meu pai, João Paulo de Almeida, um pouco mais velho que minha mãe, natural de Arcos/MG, nasceu em 10/11/1898. Meu futuro pai era viúvo, para o novo casamento, levaria seus 8 filhos. Minha mãe, abraçou como filhos legítimos os filhos de meu pai, tratou-os com tratava os outros filhos que ia tendo, e isso eles mesmos, os filhos do primeiro casamento de meu pai, contavam. Mas minha mãe não teve a mesma sorte que meu pai, meu pai não aceitou bem a filha do primeiro casamento de minha mãe, e o recurso foi mandá-la para um colégio de freiras, onde zizi passou por duras provações. Juntos, meus pais tiveram mais 15 filhos. Minha nobre mãe conheceu dificuldades enormes, sentiu a dor da fome, a dor dos filhos famintos, e as vezes a brutalidade de meu pai. De todos esses filhos eu fui o último, e também o único que nasceu num hospital. Minha mãe teve todos os filhos na roça, através de parteira, sentiu de verdade as dores do parto. Em 1982 minha mãe apresentou um câncer num dos olhos, e em 84 câncer intestinal, vindo a falecer em 1985. Minha mãe foi uma mulher exemplar, e seus maiores exemplos foi a fé, a resignação, a esperança e o amor. Quantas saudades minha mãe querida, meu anjo tutelar, onde estiver receba a prece de seu filho que a tanto ama, que jamais lhe esquecerá, e que será eternamente grato por ter me dado a oportunidade de vir a esse mundo. Feliz dia das mães, minha mãe!
Samuel de Almeida
Belo Horizonte, 7 de maio de 2011